domingo, 22 de março de 2009

DJI x IBOV

Após algumas semanas afastado das postagens do blog em virtude de outros afazeres profissionais, retorno hoje com uma análise comparativa do comportamento dos indíces Dow Jones e Bovespa. Como se observa no primeiro gráfico, o mais tradicional indicador do mercado norte-americano chegou a romper, no final de fevereiro, o importantíssimo nível de suporte situado nos arredores de 7400 pontos, porém voltou a fechar acima desse nível na semana que acaba de passar. A questão agora é saber se o rompimento foi apenas um movimento de exaustão - uma kanguroo tail se pensarmos em um gráfico mensal - sinalizando o esgotamento da primeira onda de baixa - que nos EUA teve início no final de 2007 - ou se, pelo contrário, haverá após o presente repique uma retomada do movimento de baixa capaz de romper em definitivo os 7400 pontos, rumo ao teste do próximo e muito frágil suporte situado em 6300 pontos. Embora o rompimento tenha se dado com volume recorde e o repique esteja seguindo com volume reduzido, o que em princípio indica que a tendência de baixa ainda não estaria esgotada, é recomendável aguardar mais algumas semanas por uma definição mais clara da tendência de médio prazo do Dow Jones, já que o início de uma tendência intermediária de alta não pode ser descartado.

Em relação ao IBOV, a situação é menos duvidosa, pois desde janeiro os preços parecem ter firmado um repique intermpediário que - como já alertamos em posts anteriores - normalm
ente segue-se a uma primeira onda de baixa. Observe-se que dentro deste repique já temos formados um topo e um fundo e a eventual superação dos 42.700 pontos deve confirmar a sua continuação. Não é possível prever quanto tempo o repique durará ou até que ponto se extenderá, mas é certo que qualquer iniciativa para aproveitá-lo deve ser cercada por alguns cuidados básicos: posições de dimensões conservadoras, com stop-los curto e trailing stop ajustado com freqüência. Precauções nunca são demais quando estamos operando dentro de uma tendência principal de baixa, que ainda deve passar por uma nova onda de quedas antes de se esgotar.