
As analogias superficiais com a fauna que povoa o mercado financeiro são muitos gritantes para passarem despercebidas, mas os conteúdos mais interessante do filme são o perfil psicológico do apostador respresentado por Al Pacino e sua completa ignorância de uma metodologia de apostas. Walter Abrams é um indivíduo autodestrutivo que torra impulsivamente todo o dinheiro que já conseguiu ganhar apostando na base do tudo-ou-nada em cima dos palpites do "guru" construído por ele próprio. Ele não tem qualquer noção real de probabilidades e expectativas de ganho/perda; dobra a aposta a cada revés; não sabe quando parar, seja para interromper uma perda, seja para embolsar o lucro. Em outras palavras, é o alter-ego, caricaturalmente exagerado, do investidor que tem vida curta no mercado: volta e meia ganha muito dinheiro em um ciclo extraordinário de alta, como aquele que presenciamos até meados deste ano, mas quando o ciclo vira tende a perder tudo o que ganhou e mais um pouco ainda, porque, em última análise, nunca soube realmente o que estava fazendo... Estava apenas atrás de uma grande - e cara- diversão.
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