terça-feira, 22 de julho de 2008

AS PÉROLAS ESCONDIDAS: MID CAPS E SMALL CAPS



Boa parte dos investidores prefere alocar seus recursos nas ações lideres do mercado, aquelas que movimentam um grande volume de negócios diariamente e que por isso integram a composição dos principais índices. Trata-se de um posicionamento bastante compreensível: estas ações tem uma ampla cobertura de bancos e corretoras, facilidade de entrada e saída em virtude da boa liquidez, um mercado ativo de opções que permitem montar estratégias baratas de hedging, além de serem no geral ações de empresas tradicionais, de grande porte, que transmitem uma maior segurança aparente ao investidor.

Há boas razões, no entanto, para posicionar-se em papéis que estão abaixo do radar da maioria dos grandes bancos e corretoras: as ações de média e baixa capitalização (eu particularmente tenho uma queda especial por elas). Em geral são representativas de empresas mais jovens - mas não necessariamente de lançamentos recentes, quase sempre absurdamente precificados - de porte médiou ou ainda pequeno e que muitas vezes atuam em nichos específicos de mercado. O grande atrativo destes papéis é o fato de que em algum momento de sua história algumas destas empresas - mas não todas, possivelmente nem mesmo a maioria - ingressarão em um ciclo de crescimento acelerado e o preço de suas ações vai explodir. Quando isto acontece, valorizações na casa dos 1000% ou mais podem ser esperadas, como podemos ver nos gráficos mensais acima, representativos da evolução dos preços da Weg e da Marcopolo (quem se importava com elas em 1997 ou 1999?), dois dos casos recentes de sucesso no perfil mid caps.

Quem busca ações mid e small caps está, portanto, em busca de retornos excepcionais sobre o investimento. Mas trabalhar com estes papéis exige o desenvolvimento de uma metodologia operacional própria, que demanda sempre uma perspectiva de investimento paciente, de longo prazo - as vezes de anos acompanhando um papel dormente, que de repente começa a subir extraordináriamente. É preciso também uma metodologia muito apurada de controle de risco na alocação do capital, pois assim como os preços destas ações podem subir muito e rápido, eles também podem cair muito e mais rápido ainda do que sobem. Os que buscarem desenvolver esta medologia - e sinto informar que será uma busca muito solitária, pois "dicas" de colunistas econômicos e conversas com gerentes de banco nem de longe vão ensiná-lo a operar estes papéis - podem estar certos que terão um trabalho muito bem recompensado.

2 comentários:

Unknown disse...

Boa noite,
Gostaria se possível de um contato de e-mail para futuramente uma proposta de parceria.

G.Sander disse...

Boa noite Janete,

Podes entrar em contato comigo no seguinte e-mail: gsander.veritas@yahoo.com.br

Abs.,

Gustavo Sander