domingo, 31 de agosto de 2008

IBOV - SEMANAL E DIÁRIO

No primeiro gráfico à direita temos o gráfico semanal do IBOV, mostrando que os preços fecharam o mês de agosto no limite superior do canal de baixa que está balizando a correção iniciada em junho. Por isso mesmo a primeira semana de setembro merece um acompanhamento mais atento, pois um eventual rompimento do canal de alta no semanal poderia ser um primeiro indicativo do final da presente correção. É com a perspectiva do semanal em mente que estamos observado também com atenção o comportamento das cotações no gráfico diário - postado à direita logo abaixo do semanal. Observa-se que no diário os preços já romperam o limite superior do canal de alta e não é de se descartar que que venham agora a testar sua antiga resistência. Chamo a atencão especialmente para o padrão de reversão que parece estar em formação: a) formou-se o último fundo; b) seguiu-se o repique corretivo; c) uma nova queda formou um fundo superior ao que precedeu o repique e d) em novo repique de alta formou-se um topo superior ao topo anterior. Para confirmar o padrão reversivo falta apenas um fechamento acima do topo "b". Se vier a ocorrer - mesmo levando em conta a maior incerteza das sinalizações formadas no diário - já será outra luz no fim do túnel para os que aguardam uma retomada da alta.

domingo, 24 de agosto de 2008

AS PÉROLAS DO MERCADO II


Hoje retomo assuntos que já foram abordados em outros dois posts: as oportunidades que o mercado oferece em papéis que se encontram escondidos abaixo do radar dos principais analistas: ações que estão fora do índice Bovespa, de empresas de média ou baixa capitalização de mercado. No primeiro gráfico podemos observar a tendência de alta nos papéis da Bardella S/A, empresa do setor metal-mecânico, cujas ações deram início a uma forte tendência de alta no início de 2006 e que até o momento não apresenta sinais de esgotamento, muito embora o afastamento dos preços em relação à LTA sugira que o papel possa estar próximo de uma correção. Note-se que o comportamento dos preços de BDLL4 não guarda qualquer semelhança com o IBOV, tanto que a sua valorização acumulada neste ano já atinge a marca dos 106%. Caso semelhante ocorre com Celesc PNB. A estatal de energia catarinense tem apresentado comportamento parecido com o de suas congêneres no setor, que se reflete no IEE ( comentado no nosso último post). No gráfico podemos observar a tendência de alta que se desenvolve desde setembro de 2003 e que neste ano já foi responsável por uma alta de mais de 12% no preço do papel (nada espetacular quanto comparado à Bardella, mas ainda assim um desempenho invejável se o padrão de comparação forem as "Blue Chips" do Ibovespa...). CLSC6 está em um ponto graficamente interessante, sustentando-se exatamente sobre o suporte dado pelo LTA após uma leve correção que, no mais, seguiu o comportamente geral demonstrado pelo setor de energia nas últimas semanas. Merece acompanhamento.

domingo, 17 de agosto de 2008

IBOVESPA X IEE


Diante das quedas generalizadas nos preços dos principais papéis componentes do índice Bovespa (seguem alguns números medidos a partir do topo histórico: VALE5, -39,72%; PETR4, -39,14; USIM5, -43,74% e GOAU4, -34,22 ) a LTA que vinha sustentando a tendência de alta desde maio de 2004 foi rompida nas últimas semanas, como podemos observar no primeiro gráfico. Um dos elementos que chama a atenção em todo o movimento de queda do principal indicador do mercado brasileiro é a concentração das vendas nas empresas ligadas ao mercado de commodities (especialmente ferro, petróleo e aço), justamente aquelas com maior peso na formação do índice. A boa notícia é que em altuns setores - ao menos por enquanto - a correção tem sido bem menos pronunciada. É o que se observa no segundo gráfico, que mostra a evolução do Índice de Energia Elétrica (composto por papéis do setor de energia), onde apenas na última semana houve um movimento mais forte de vendas que levou-o a romper a LTA que vinha sustetando a sua alta desde maio de 2004. Ainda assim o tombo de -9,65% foi muito mais suave do que os -26,62% do IBOVESPA, indicando que uma estratégia de alocação focada exclusivamente nas "Blue Chips" do índice principal não é necessariamente uma boa escolha em momentos de adversidade.

domingo, 10 de agosto de 2008

TENDÊNCIA DO CRÚ


No primeiro gráfico semanal à direita podemos obserar a evolução dos preços do petróleo crú no mercado à vista, desde fevereiro de 1999. A tendência de alta no preço desta commoditie, que se estabeleceu em definitivo depois da superação do topo de US$ 36,00 em março de 2004, sofreu uma significativa aceleração a partir de janeiro de 2007, permitindo o traçado de uma LTA que a tem amparado desde então. Note-se que a recente correção, a qual trouxe os preços de US$ 147,00 para U$$ 116, atingiu a área de suporte no encerramento do pregão da última sexta-feira, daí a importância de acompanhar a formação de preços nos próximos dias, pois ainda é cedo para avaliar se a queda nas últimas semanas sinaliza de fato um esgotamento da tendência de alta. Um indicador importante no mercado de commodities é a diferença entre o preço à vista e o preço para entrega futura de uma mercadoria, chamada BASE. Em condições normais, o preço futuro é mais elevado do que o à vista em virtude dos custos de carregamento (estocagem, juros, seguro, etc.) incorridos até o vencimento do contrato, todavia quando a demanda por um bem sobe acima da oferta o preço da mercadoria à vista pode superar o preço para entrega futura - ou, de modo análogo, o preço de um contrato com vencimento mais próximo pode ficar mais caro do que o vencimento mais distante - e com isso a BASE torna-se negativa (base invertida, no jargão do mercado). O segundo gráfico, logo acima, demonstra exatamente este fenômeno no mercado de petróleo crú. Ali está plotada a BASE semanal desde 11/05/2007, calculada pela diferença entre os preços de fechamento à vista e para entrega em Setembro/08. Vê-se que em vários momentos, sobretudo a partir de julho de 2007 a base está negativa, o que é condizente com um mercado de demanda aquecida além da capacidade de oferta.

domingo, 3 de agosto de 2008

ÍNDICE BOVESPA

Ao lado temos o gráfico semanal em escala logarítima do índice Bovespa até o fechamento da última sexta-feira, dia 01/08. À direita observa-se claramente a correção que desde o final de maio trouxe o índice para próximo da linha de tendência que oferece suporte ao atual ciclo de alta. Desde maio de 2004 esta LTA já foi testada em cinco ocasiões e em todas ofereceu um suporte a partir do qual os preços retomaram a tendência principal de alta. O fechamento da última sexta-feira próximo a este importante nível de suporte demanda atenção dos investidores para o comportamento do IBOV nos próximos dias, pois a chegada dos preços a estes níveis e a efetiva contenção da queda nas proximidades da LTA - sobretudo quando acompanhada por uma constante redução no volume negociado, como a que ocorre desde o início de junho - pode ser um primeiro indicativo de que a atual correção está próxima do esgotamento.