domingo, 10 de agosto de 2008

TENDÊNCIA DO CRÚ


No primeiro gráfico semanal à direita podemos obserar a evolução dos preços do petróleo crú no mercado à vista, desde fevereiro de 1999. A tendência de alta no preço desta commoditie, que se estabeleceu em definitivo depois da superação do topo de US$ 36,00 em março de 2004, sofreu uma significativa aceleração a partir de janeiro de 2007, permitindo o traçado de uma LTA que a tem amparado desde então. Note-se que a recente correção, a qual trouxe os preços de US$ 147,00 para U$$ 116, atingiu a área de suporte no encerramento do pregão da última sexta-feira, daí a importância de acompanhar a formação de preços nos próximos dias, pois ainda é cedo para avaliar se a queda nas últimas semanas sinaliza de fato um esgotamento da tendência de alta. Um indicador importante no mercado de commodities é a diferença entre o preço à vista e o preço para entrega futura de uma mercadoria, chamada BASE. Em condições normais, o preço futuro é mais elevado do que o à vista em virtude dos custos de carregamento (estocagem, juros, seguro, etc.) incorridos até o vencimento do contrato, todavia quando a demanda por um bem sobe acima da oferta o preço da mercadoria à vista pode superar o preço para entrega futura - ou, de modo análogo, o preço de um contrato com vencimento mais próximo pode ficar mais caro do que o vencimento mais distante - e com isso a BASE torna-se negativa (base invertida, no jargão do mercado). O segundo gráfico, logo acima, demonstra exatamente este fenômeno no mercado de petróleo crú. Ali está plotada a BASE semanal desde 11/05/2007, calculada pela diferença entre os preços de fechamento à vista e para entrega em Setembro/08. Vê-se que em vários momentos, sobretudo a partir de julho de 2007 a base está negativa, o que é condizente com um mercado de demanda aquecida além da capacidade de oferta.

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