sábado, 13 de junho de 2009

ÍNDICES SETORIAIS

Com o índice mais tradicional do nosso mercado em pleno repique corretivo - ainda sem maiores novidades, portanto - o momento é interessante para uma análise do desempenho setorial no mercado acionário brasileiro. Como de praxe, todos os gráficos que se seguem são semanais, em escala logarítmica e não indexados.

Começamos com um setor de presença sempre relevante ao longo da história do nosso mercado: a indústria. O Índice do Setor Industrial, INDX, - cujas quatro ações mais relevantes são AMBV4 (15,38%), SUZB5 (12%), GGRB4 (8%) e USIM5 (6,75%) - foi duramente atingido pela correção iniciada em junho de 2008, tendo perdido praticamente dois terços do seu valor até o final da primeira etapa da correção, em novembro de 2008. Observa-se que essa primeira etapa se encerrou com um fundo duplo (1) e (3) que se formou no patamar de 4.500 pontos. A partir daí teve início o repique corretivo, que se confirmou com a ultrapassagem dos 6.036 pontos e desenvolve-se impulsionado por volumes financeiros bastante robustos.

Em seguida, observamos o Índice Setorial de Telecomunicações - ITEL -, cujos principais componentes são TLNP4 (15%), VIVO4 (15%) e GVTT3 (9,48%). Vê-se que o setor com um todo ficou bem abaixo da performance média do mercado brasileiro nos últimos anos e justamente no momento em dava os primeiros sinais de que iniciava um novo ciclo de alta, foi atingido pelo início da correção geral do mercado, a partir de maio de 2008. A partir daí, o ITEL ingressou em uma correção clássica, cuja primeira etapa desenvolveu-se em três fases: o fundo em 785 pontos (1); um repique de curta duração formando um topo em 1.146 pontos (2); seguindo-se uma nova precipitação para o fundo mais recente em 940 pontos (3). Deste último ponto em diante, o ITEL seguiu o movimento do mercado como um todo e consolidou um repique intermediário, dentro da correção pela qual passamos.

Por fim, analisamos o setor com comportamento recente mais heterodoxo em relação ao IBOV, o setor de energia. Observa-se que o IEEX - cuja composição é excepcionalmente bem equilibrada, pois quase todos os seus papéis oscilam ao redor de 6% de participação no índice - foi afetado pela correção com menos intensidade do que o restante do mercado, tendo perdido apenas 37% do seu valor no momento mais crítico da mesma. A partir do fundo atingido em outubro de 2008, o IEEX retomou a tendência de alta de longo prazo, o que foi recentemente confirmado pelo rompimento da antiga resistência situada nos arredores de 19.600 pontos. Note-se que o volume financeiro crescente ao longo de toda a retomada indica que muito provavelmente trata-se de um movimento consistente.

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